Designer de Interiores formada pela Panamericana há quase 20 anos, Patricia Covolo fez o curso com o objetivo de fazer uma transição de carreira e foi muito bem sucedida
À frente de seu próprio escritório de arquitetura e design de interiores, ao lado da sócia Giselle Macedo, desde 2009, Patricia Covolo começou sua trajetória profissional em uma área diferente da em que atua atualmente. Graduada em Artes Plásticas pela Universidade São Judas, a hoje designer de interiores chegou a dar aulas e trabalhar como artista, mas não estava feliz com sua escolha. Foi então que decidiu procurar a Panamericana para fazer a transição de carreira.
“Sempre gostei de Design de Interiores. Eu já ajudava as minhas amigas com os projetos de suas casas, mesmo sem nenhuma formação. Na faculdade de Artes Plásticas eu cheguei a fazer um trabalho no qual desenhei uma planta de uma residência e gostei muito. Aquilo ficou na minha cabeça e, mesmo durante o tempo em que ministrei aulas de Artes, eu já pensava em cursar Arquitetura. Quando minha filha nasceu, eu percebi que não conseguiria conciliar 5 anos de faculdade com a maternidade e encontrei na Panamericana a solução perfeita. Além da facilidade de encaixar o curso na minha rotina, me lembro que na própria faculdade eu já ouvia falar muito sobre a Panamericana. Eu já tinha a escola na minha cabeça, nem procurei outros lugares”, relembra Patrícia.
Apesar de já ter estudado desenho durante a faculdade e ter inclusive dado aulas de Artes, Patrícia conta que o curso da Panamericana a ajudou a desenvolver ainda mais suas habilidades, e que até hoje usa coisas que aprendeu escola em seu dia a dia como designer de interiores: “Logo no 1º ano do curso tivemos aulas de combinação de cores. Na época alguns colegas questionavam a importância daquelas aulas, mas até hoje eu lembro daquele aprendizado, lembro do círculo das cores, das aquarelas que a gente tinha que fazer. Eu não só lembro, como entendo ainda melhor o porquê é importante. O saber desenhar à mão também é algo que eu desenvolvi na Panamericana. Hoje em dia usamos muito computador, mas às vezes, quando eu quero mostrar algo para o cliente e preciso desenhar alguma coisa na hora, eu sei fazer uma perspectiva, consigo fazer um rascunho bem feito”.
O gosto pelo trabalho autoral e a busca por sua própria identidade na hora de criar seus projetos também é algo que Patrícia desenvolveu na Panamericana. O método focado em criatividade, fez com que a designer de interiores entendesse a importância de valorizar projetos únicos, pensados para cada cliente. “Eu me lembro bem que os professores falavam bastante sobre a importância do criar e nunca copiar. Lembro que, na época, um aluno ganhou um prêmio copiando um projeto de outra pessoa e foi descoberto. Isso ficou muito na minha cabeça. Quando comecei a trabalhar na área, sempre me preocupei muito em fazer o meu trabalho sem reproduzir o de ninguém. Eu sempre quis ter o meu estilo, fazer o que eu gosto de maneira que esteja de acordo com a demanda do cliente, e tentar adequar o meu gosto ao do cliente”, diz ela.
Assim que terminou o curso, Patrícia conseguiu um estágio em um escritório de arquitetura e pode colocar em prática tudo o que aprendeu na escola. “Foi muito importante para minha trajetória poder colocar em prática o que eu aprendi começando como estagiária em um escritório. O nome da escola me ajudou e eu aprendi muita coisa que precisava usar no escritório no início da carreira, mas acho que todo mundo deveria fazer isso, porque ninguém termina um curso sabendo tudo. Mesmo aquele sendo o meu primeiro contato com a área como profissional, eu lembro que eu fui muito elogiada pela minha capacidade de apresentar os trabalhos. Eu sabia como apresentar os projetos para os clientes. A gente fazia as reuniões, minha chefe me pedia para separar os materiais e, então, eu montava uma apresentação. Ela gostava muito das minhas apresentações, porque as outras estagiárias não faziam isso. Eu trouxe esse knowhow da Panamericana”.
A paixão pela pesquisa e pela busca de referências foi outro fato que ajudou Patrícia a já entrar no mercado conhecendo a maioria dos fornecedores mais importantes: “Na minha época a internet não era acessível e difundida como é hoje e os professores da escola sempre falavam sobre a importância da pesquisa, de buscar referências em livros, de conhecer o mercado. Não dá pra ficar o tempo todo no escritório ou em sala de aula, é preciso buscar ideias no mundo lá fora. E isso é um aprendizado que eu trouxe da Panamericana. Lembro que a gente fazia grupos de alunas para bater perna pelas lojas, na Gabriel Monteiro da Silva, no D&D. Então, quando eu comecei a trabalhar no escritório, já conhecia as lojas, sabia qual era legal e qual não era. Isso me ajudou muito”.
Foi trabalhando nesse escritório que Patrícia conheceu sua sócia, Giselle, e as duas decidiram que teriam um negócio próprio. “A gente queria ter liberdade para trabalhar da nossa maneira, conciliando o trabalho com a vida pessoal, e traçamos juntas o nosso projeto de vida. Não queríamos nos sentir prisioneiras de um escritório e então criamos o nosso próprio modelo de trabalho. Conquistamos nossa carteira de clientes com o nosso trabalho e estamos há 13 anos no mercado. Tudo isso, claro, porque sempre nos dedicamos e estudamos para chegar onde estamos. As pessoas às vezes acham que porque conhecem as lojas e têm bom gosto, podem ser decoradoras. Só que não funciona assim. É preciso ter conhecimento. Eu me formei designer de interiores e minha sócia é arquiteta. É preciso passar pelas etapas, estudar e trabalhar muito”.
Para as pessoas que desejam “virar a mesa” e fazer uma transição de carreira bem sucedida, como ela fez, Patrícia aconselha acreditar no sonho e investir nele: “Não vai ser fácil, você vai ter alguns obstáculos à frente, mas você tem que passar por eles. Se você batalhar e for atrás do seu sonho, você já terá dado o primeiro passo. Faça cursos, aprenda e preste atenção no que o que está sendo ensinado, porque em algum momento da vida você vai usar aquilo. Se você quer ser designer de interiores, trabalhe em escritórios da área, se relacione, divulgue seu trabalho, comece, mesmo que pequeno. Tanto faz se é um projeto de uma casa ou de um lavabo, se dedique a cada trabalho. Não rejeite trabalhos pequenos porque são eles que podem te abrir as portas para os trabalhos maiores”, finaliza ela.